segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A humanidade é desumana


 A humanidade convive com monstros chamados orgulho, desprezo, rancor. Todos andam tão cheios de si e esquecem das pessoas ao redor. São tão patéticos em seu modo de achar que podem tudo sozinhos; que não precisam de ninguém. São estranhos conhecidos que ignoram a realidade. Pensam que ferindo outras pessoas podem curar a própria dor.
 Olhos de vidro, corações de gelo. Robôs de carne e osso sem qualquer ideia do que possa significar a palavra amor. Pois, apenas a falam; nunca o sentiram, nunca viveram-no realmente.
 Vivem de tesão, de paixões supérfluas que não irradiam a verdadeira luz no olhar. São apenas escapes para as ruínas de um coração carente que anseia intensamente conhecer esse sentimento puro, ingênuo, desprovido de qualquer maldade. E conhecer o calor que derrete o bloco de gelo embutido em seu peito.
 As pessoas mostram os dentes, mas não a verdadeira expressão da alma. Seus sorrisos são esbranquiçados, sem vida, sem sentimento. É como se vivessem em piloto automático: fazem tudo como é programado. Seus verdadeiros sentimentos se escondem em meio à forçada expressão empalidecida.
 Evitam inundar seus olhos de lágrimas ocultando qualquer emoção. Seja tristeza, alegria, paz. Tudo fica bloqueado apenas para si. Não compartilham sua vívida existência com o mundo exterior. Escondem-se dentro da vasta imensidão solitária de seus interiores.
 São egoístas, mesquinhos e ignoram que um simples sorriso ou uma lágrima - se verdadeiro - pode comover as massas. Apenas um abraço, um gesto de carinho inesperado pode mudar a vida de alguém.
 Vamos largar os escudos e nos despir das armaduras e voltar a ser humanos; humanidade.

Um comentário:

  1. Bom texto! Mas o ser humano é passivo de erro não acha? Devemos buscar a perfeição , mas não é facil, não é!?

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