sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A carta que nunca enviei

 Eu não quero reacender o que se abrandou para depois sofrer mais intensamente.
 Eu não quero uma ilusão, eu quero uma realidade.
 Vivo de 'amores' invisíveis com pessoas que nem existem, só para ver se descarrega um pouco o meu peito. Minha cabeça é só confusão. Eu nem sei mais o que sinto. Na verdade, não sinto mais nada além de um imenso vazio. Que nada completa. Que nada preenche. Até mesmo os meus sonhos levou de mim quando partiu.
 Pirateio sentimentos vãos. Somente a fúria que me habita é real. Pensamentos nulos saltam da mente como que desaparecem no ar; do nada; sem nada! Por nada? Acho que, apenas para me dizer: "Ei, você ainda está viva!". Mas eu ainda duvido. Não creio que haja vida depois da morte, nem ao menos a sorte de ter uma verdadeira morte!

3 comentários:

  1. Vc disse tudo o que se espera de uma pessoa sensata nessa carta Pati.
    Enquanto a maioria prefere tapar os olhos para a verdade, nela vc diz a realidade e prefere viver assim do que viver uma ilusão.
    É muito melhor viver num vazio, onde vc está aberto a se preencher com um sentimento bom e verdadeiro; do que viver uma ilusão, que a qualquer momento pode se desmoronar pela verdade.
    Sugiro para aqueles que preferem se iludir, que assistam o filme "Vanilla Sky". Ótimo exemplo de que a vida de ilusões não vale nada. Uma hora vc acorda para a realidade e percebe que nada daquilo que aconteceu era o real.
    Não existe felicidade baseada em ilusões, existe a enganação. Na hora que a verdade aparece, tudo o que se imaginou ser felicidade vira lixo e não há nada de bom para guardar na memória.

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  2. apenas alguns seres!
    Muito bom tudo isso, mas pra mim fracasso é o que seus inimigos lhe desejam, nada melhor que amor, penso tbm que não são todos os seres humanos que são idiotas ou cretinos talvez apenas "incontraveis".

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