domingo, 14 de novembro de 2010

Brado de Angústia



 O que me adoece é a tristeza que eu sinto. Por ter deixado alguém roubar minha vida e assassinar meus sonhos. Por ter me dado por vencida numa batalha que eu nunca travei, numa guerra que eu nem lutei.
 Oportunidades passam em minha frente e eu não as posso tocar. Amores batem à minha porta e eu não posso deixá-los entrar. Sequer posso sair dessa armadilha que eu mesma criei. Não consigo fugir do monstro que eu me transformei. Sou prisioneira de um jogo que eu inventei.
 Algumas lágrimas que não consigo verter não aliviariam o peso do meu peito, nem a pressão sobre minha cabeça.
 Meus pulsos sangram quando dilatam-se as ideias. Memórias torturadas e abatidas pelo tempo que perdi, pelos sonhos que não realizei, pelos beijos que eu não roubei, pelas mãos que eu não estendi.

 O sorriso em meu rosto é só fachada para o poço de sofrimento que é meu interior. Dentro de mim, minha alma se contorce de desgosto com a vida medíocre que levo: Sem aventuras nem paz, amando sem ser amada. Procurando o que não se encontra, dou voltas em sonhos que jamais serão realidade. Sufocada em ilusões, sigo por um eterno breu de minha mente. Sem nada aprender, sem nada a ensinar; somente lágrimas secas em minha face que nunca alguém perceberá; formando um oceano obscuro e frio, para sempre causando arrepios que insistem em ocorrer. Manto negro de desgraça corroendo a vida de graça até o dia em que eu morrer.

3 comentários:

  1. Nossa para que não tinha nenhuma inspiração e não sabia o que escrever saiu muito bom seu post em... como eu te disse você faz os leitores pararem em frente a seu monitor e refletir por alguns minutos.
    Você esta de PARABÉNS

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  2. Mto bacana mesmo o texto...
    mto bonito...e parece mto sincero!
    parabéns pelo texto..visceral!

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  3. Tesxto muito triste , mas relete não só o que vc sente e viveu , mas de muitas pessoas! Muito bom!

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