quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Busão errado, manola!

 Cinco anos dirigindo e eu esqueci de como pegar um ônibus.
 Era pra eu ir pro centro da Forquilhinha. E aonde eu fui parar? No centro de Criciúma.
 Saí de casa atrasada e entrei no primeiro ônibus que passou. Quando ele virou à direita no bairro Saturno, eu pensei: "Estão mudando as rotas dos busos. Tudo bem, ele vai pela Mãe Luzia". Mas quando ele virou, também à direita, no São Defende, me deu vontade de gritar: "Fudeu"!
 Me segurei pra não rir. Chegando na rodoviária de Criciúma, eu não aguentei. Era eu gargalhando e as pessoas me olhando esquisito. Eu podia ler os pensamentos delas: "Louca!" hahaha.
 Eu perdi minha sessão com a psicóloga, mas valeu as risadas.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ah, essa sociedade...


 Uma internação numa clínica psiquiátrica não difere muito de uma prisão. Todo mundo fica trancado, tem o tempo de pátio, a vigilância, a comida é um lixo e é servida pelos internos... Tem as "panelinhas", as brigas, as trocas, os roubos, as tentativas de fuga e de suicídio... Tudo o que mandam pra você é revistado. A diferença é que na clínica psiquiátrica, eles te dão as drogas e você não pode recusar. Caso contrário, dorme por 24 horas (a solitária). Ao sair, sua fixa fica "suja" e a sociedade te olha atravessado.
 Saiu da penitenciária, é bandido. Saiu da clínica psiquiátrica, é louco. Existem tantos medicamentos e ainda não inventaram um remédio para o preconceito.
 Às vezes a gente precisa passar um tempo no inferno pra descobrir que a terra é o paraíso!

domingo, 13 de novembro de 2011

Despedida

 Não chores quando eu me for... Suas lágrimas não servirão para regar as flores em meu túmulo.
Não se deprima... A vida acaba para todos. Só escolhi a data da minha partida.
Não lamente nada... Tive a vida que mereci.
Não se culpe... Tenho certeza que você sempre me deu o melhor de si. Eu apenas queria mais do que não tinha.
Não se anestesie... A dor vem mais forte depois.
Seja feliz por alguém que nunca soube o significado real disso.
A vida continua...

domingo, 2 de outubro de 2011

Aflição


 Louca para ligar, mas com medo de ouvir o que poderia estar acontecendo do outro lado... Passei a madrugada toda com o coração na mão.
 E daí se ele estivesse transando com outra pessoa? Nós estamos tão longe e nem temos compromisso. Mas confesso que a ideia me entristece. Eu queria ser a única. A única que ele toca, que ele beija, que ele ama... Mas sei que não é possível.
 Uma chuva fina que mais parecia cerração e o cachorro deitado no chão, ao meu lado. Luzes apagadas. Na claridade do notebook, coloco meus óculos para escrever que as horas passaram preguiçosas. A angústia me consumia a cada "tic" e a cada "tac" do ponteiro.
 Sentia saudades de algo que nunca tive. De braços enlaçando meu corpo, sussurros ao pé do ouvido, sorrisos com os olhos rasos d'água... A vontade de estar com ele era cada vez maior. E conforme ela aumentava, aumentava também a minha desesperança.
 Eu queria mais que duas webcams ligadas. Eu queria mais que beijinhos mandados em high definition. Eu queria mais que apenas um jeito carinhoso de ser chamada. Eu queria ser quem está em sua mente. Eu queria fazer parte da vida dele. Mas a questão é: Será que ele quer?
 E a imaginação machucava mais do que deveria. Passei horas imaginando como ele a tocaria. Se apenas de forma carnal ou se colocaria sentimento.
 As lágrimas rolavam incansáveis em meu rosto. Sem ao menos saber se havia motivo para eu estar me torturando com aqueles pensamentos. Como se eu os pudesse controlar...
 A chuva caía mais forte. O céu estava em fúria. Além da angústia, o medo chegou para me fazer companhia. Só não sabia se meu medo era da tempestade ou de perder o que nunca me pertenceu.
 Como é possível gostar tanto de alguém que nunca esteve aqui?
 Cansada, com a cabeça vazia e o peito sobrecarregado, deito agora, com a certeza de que nunca deixei de demonstrar o que sinto.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dor

Quando um problema simples se torna irresolúvel...
Quando você não sente o chão sob seus pés (literalmente)...
Quando o sonho vira pesadelo...
Quando o vazio predomina e nele ecoam todos os sentimentos de uma só vez...
Quando você não consegue controlar os próprios pensamentos...
Não caibo mais em mim. Minhas emoções são como carrinhos de bate-bate e eu estou bem no meio da pista. Cada emoção é como um murro em meu rosto. E eu consigo sentir a dor de todas ao mesmo tempo.
Quando você precisa da presença das pessoas e as afasta...
Quando você não suporta a solidão, mas não vive sem ela...
É... Estou enlouquecendo!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Queda livre

 Mesmo triste, mesmo em desespero, eu sorria. Não queria preocupar as pessoas com meus problemas, mas acabei fazendo pior, as machuquei com atitudes que eu pensava não darem em nada. Eu sempre fui frágil, mas queria que todos vissem em mim, uma pessoa forte. E consegui, por certo tempo.
 Procurei por paz em montes, vales, mares e não a encontrei. Só a conheci em um outro mundo. Mas jamais imaginei que era uma falsa paz.
 Quando dei por mim, me encontrava pendurada em raízes na beira do precipício. Eu queria muito voltar a sentir o chão sob meus pés, eu sinalizava pedindo ajuda. Sem olhar os rastros que me levaram até ali, as pessoas que poderiam me salvar, me incentivavam a soltar, com suas palavras amargas e olhares rancorosos... Me julgavam, enquanto eu gritava por socorro. Então eu fechei meus olhos e soltei. Eu continuo caindo... E meu corpo continua destilando as lágrimas que meus olhos se recusam a verter.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Do que você tem medo?



 Todos temos algum medo. Ou vários. Decidi expor os meus. Fiquem a vontade para fazer o mesmo, se quiserem. Segue a lista:


Morro de medo do alçapão. Não sei porque, mas aquela coisa me causa arrepios. rs

Medo de ver meu reflexo distorcido.

Medo de lagartas. (Pego cobra, aranha, escorpião... mas lagartas, eu não posso nem ver.)

O pior de todos: Medo do silêncio! Medo de estar no silêncio total e ouvir algo estranho.

Medo de levar susto.

Medo de bonecas.

Medo de bichos maiores que eu.

Medo de sentir dor.

Medo de enlouquecer.

Medo de algumas músicas.

Medo de olhos de animais no escuro.

Medo de fotos emolduradas.

Medo de andar sozinha na rua.

Medo de lugares grandes demais.

Medo de lugares grandes e antigos. Tipo... igrejas, casarões, hospitais antigos...

Medo de tampa de caixão. (É só da tampa, mesmo.)

Medo de espaços muito pequenos.

Medo de gritos.

Medo de trovoadas.

Medo de aglomerações.

Medo de palco.

Medo de que algum bicho entre no meu ouvido.

Medo de parasitas. (Vi alguma coisa com um ultrassom de uma menina que tinha uma tênia. Aquilo me deixou com um black power liso na cabeça. :S)

E o mais esquisito: Quando estou dentro de casa, tenho medo de olhar pra fora, e, quando fora, tenho medo de olhar pra dentro.

Eu já disse que morro de medo de silêncio e do alçapão, né?

 E, confesso que, apenas a palavra MEDO, já faz com que eu me borre toda. Irracional assim. Bom, depois dessa "terapia", vou ali tomar um banho e volto para ler os comentários.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Garanta já a sua liberdade



 Desprenda-se da futilidade, saia da dieta por um dia, tome um porre, dê no primeiro encontro, mande alguém tomar no cu, divirta-se, banque o(a) louco(a), faça tudo o que tem vontade.
 Fazendo o "certo" ou fazendo o "errado", as pessoas sempre irão te criticar. Sempre! Liberte-se do medo da crítica. Liberte-se do moralismo cego. Liberte-se das mentiras que nos contam. Liberte-se de ser um robô; você consegue pensar por si! Não deixe que terceiros prescrevam a vida que é somente sua.
 Aproveite a vida ao máximo, afinal, ela escapa por entre os dedos a cada segundo. A cada dia que passa, estamos envelhecendo e nos tornando gagás com as regras hipócritas da sociedade.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Intitule como quiser!


 Me esforcei tanto para algo dar certo, mas tudo deu errado. Minha paciência e meu entusiasmo se perderam em alguma esquina de um tempo que nunca houve. Nessa fase de maturidade, tudo me estressa, tudo me desanima, tudo me isola, me enfraquece, me faz escrava. Não sonho quando durmo e tenho pesadelos acordada. Nada mais espero dessa escuridão que me cerca, que me cega, que me amedronta. Não sei se há luz no fim desse túnel ingrato chamado vida.
 Preciso voltar ao meu normal (de loucuras notáveis). Fazer minhas vontades e não querer mais ser capacho do sistema. Vou botar um ponto final na "vida" e começar a viver. Já chega de sanidade. Vou quebrar as correntes e fugir do imaginário, colocar em prática meus planos mirabolantes, render minhas fantasias ao real, aqui e agora! Não deixarei mais nada pra depois!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Montanha Russa Ao Meu Humor!


 Um feitiço talvez...
 Dessa forma definiria minha vida. Ora triste, ora alegre; ora odiável, ora apaixonada...
 Como poderia descrever essa imensa tempestade de emoções? Definitivamente, nem eu sou capaz de me compreender. Amaldiçoada pela terrível ironia da vida: transtorno bipolar!
 Certamente os paralelos não deveriam se fundir, mas no meu caso isso acontece. Euforia e depressão não andam mais lado a lado e sim, ocupam o mesmo espaço. Consigo me sentir extremamente feliz em um momento em que me encontro numa fossa total, e vice-versa.
 A paixão é fundida ao ódio num piscar de olhos. "Se eu estou te odiando agora, é porque te amo." Seria cômico, não fosse triste.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Autotraição


 Falta de compreensão... Isso assola toda a integridade de uma relação.
 A falta de comunicação sufoca um relacionamento. Acaba com a esperança de continuar a ter sentido a união que se prolonga aos arrastos pela incapacidade de dizer adeus.
 A acomodação nos torna prisioneiros de uma rotina miserável. E não achamos meios para mudar a situação e assim, surge a depressão.

 Depois de quase seis anos de casamento, a última coisa que esperamos é um amor que surge de um largo sorriso com faíscas no olhar. Um anjo que chega para carregar nossos maus pensamentos para longe e depois joga nossas esperanças no fundo de um lago negro. Despedaça nosso coração. Destrói os sonhos. No lugar da doçura das palavras fica apenas o amargor de uma alma dilacerada.
 Quando os loucos tomarão posse de um mundo que é seu por direito?
 Amores que vêm e não vão apenas machucam. Deixam feridas profundas incapazes de cicatrizar.
 Amores que vieram para ficar nunca me satisfizeram de verdade. Nunca preencheram o vazio que se instalou em meu peito desde a minha infância. Jamais me fizeram flutuar ou ouvir sininhos tocando no horizonte, onde eram feitos os planos para o depois que nunca chegaria.
 O medo de ficar só, só me faz afastar de mim as pessoas que amo. O medo de ficar isolada me desperta um desejo indomável de mergulhar na solidão. O medo da dor e do sofrimento só fazem eu me machucar amando alguém que não me ama.
 Das cinzas de minha alma, ressurge uma vontade insaciável de vencer esse conflito. Nos meus sonhos submersos, sua voz soa sombria. Errante ideia de tê-lo em minha realidade louca de normalidade. Sofro encolhida no fosso de meus prantos praguejando as ilusões que nunca recebi. Sorrateiramente queimam minha vida e destroem toda a esperança de renascer minha autoestima.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Distorção

Tortura psicológica, agressões verbais;
Desafios e brigas, cada dia mais...
Acumulando em minha mente temas irracionais.
De nostalgia à neuroses, quantas doenças fatais?
Jorrando sangue em pensamentos; de mudar não sou capaz.
Sobrevivendo a maluquices, no corpo apenas os sinais
De mundos distorcidos com minhas crises mentais.

Temor... Histeria...
Afinal... medo do que?
Crises de pânico...
Medo do que não podemos ver!