sábado, 27 de novembro de 2010

Carpe Diem!

 Nesse ritmo frenético em que vivemos, acabamos por esquecer as coisas mais importantes à serem feitas.
 Quando você chegou do trabalho ontem, lembrou de dar aquele abraço carinhoso em seu filho? E aquele beijo apaixonado em seu cônjuge?
 Também vemos as coisas mais belas da Natureza. Mas olhamo-as com olhos de vidro. Às vezes, nem é porque ignoramos, e sim, porque não temos "tempo" de apreciá-las. Por quê? Cadê aquele tempo em que parávamos tudo para contemplar a magia de um eclipse, ou apenas ficar contando estrelas? Cadê aquele tempo em que ficávamos estáticos admirando um belo pôr-do-sol, como se fosse o último?
 Hoje em dia, ninguém mais liga para o canto dos pássaros. Ninguém mais admira a beleza de uma flor e o leve pousar de uma borboleta.
 Temos tantos compromissos e afazeres que não valorizamos o que realmente tem valor!
 Marcamos tantos encontros, com tantas pessoas. Mas, eu o desafio a largar tudo, agora, e ter um encontro contigo mesmo...
 Olhe para dentro de si e descubra que todos os bens que conquistaste, não valem nada comparados aos sorrisos daquelas pessoas à quem tanto amas, ou à quem tanto amou!
 Não ficarás para "semente". Você também morrerá, algum dia. Então... "Carpe diem quam minimum credula postero!" (Colha o dia, confie o mínimo no amanhã!)

terça-feira, 23 de novembro de 2010

#1MILHAOSEMPRECONCEITO

Achei super válido e apoio essa causa. Precisamos lutar contra toda e qualquer forma de preconceito! Imagine-se ou à uma pessoa que você ame, nessa situação. Apoie você também esta causa:  #1MILHAOSEMPRECONCEITO

domingo, 21 de novembro de 2010

Caracol

 O que impede alguém de ser feliz é o medo de se machucar. Medo de se envolver e acabar sofrendo mais uma decepção. Medo de se entregar por completo a alguém e não ter a dedicação e carinho almejados. Medo de amar e não ser correspondido. Medo de ser apenas um brinquedinho nas mãos mal intencionadas de alguém sem escrúpulos. Medo de voar alto num sonho lindo e dar com a cara no chão em um terrível pesadelo. Medo de que seus sentimentos não sejam compreendidos. E, às vezes, até medo de amar e ser recíproco... Medo de ser feliz.
 O ser humano é um animal tolo que tem medo de tudo - sorte dos psicanalistas.
 Somos tão frágeis perante novas situações que nem percebemos as milhares possibilidades que vêm com elas. E as evitamos.
Muitos de nós, criam roteiros para suas vidas e seguem à risca regras que criaram, estritamente, para serem quebradas. Para evitar o desperdício de mais um sorriso verdadeiro. Que dói. É como se o mundo ruisse à cada esticada dos lábios.
 É impressionante o modo como uma pessoa se fecha pro amor depois de sofrer uma grande decepção. Mesmo sabendo que tem tudo para ingressar em uma relação que a faça muito feliz, ela prefere nem tentar. O medo fracassa seu estado de espírito após ser machucada ao extremo. A dor é tamanha que pensa que jamais saberá o que é felicidade. Esquece que a dor é inevitável mas o sofrimento é opcional e se pune por não ter conseguido fazer valer um relacionamento, que a feriu. Perde toda a esperança... Desbota o sorriso... O olhar torna-se fosco... Deseja nunca mais passar por algo parecido... Se esquiva de todas as investidas de alguém que a queira bem... Ostenta o ódio e reprime todo e qualquer sentimento que induza ao amor.
 Esquece de como é bom dar e receber carinho, trocar olhares apaixonados, beijos de tirar o fôlego e fazer amor. Se entrega à luxúria. Transa por transar e o afeto fica anestesiado em um canto escuro, dentro de si.
 Renega ser amada e acaba por machucar pessoas que a querem ver feliz e a amar por todos os dias enquanto puder respirar.
 Vive com um desejo reprimido de amar e ser amada, mas se recusa a tentar. Prefere viver de ilusões. Apenas sonhos ocultos em meio ao rancor que prevalece estampado em sua face. Deseja que alguém a convença a se abrir, mas recusa-se a deixar.
Como um caracol. Se esconde à qualquer ameaça de encontrar um novo amor.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A carta que nunca enviei

 Eu não quero reacender o que se abrandou para depois sofrer mais intensamente.
 Eu não quero uma ilusão, eu quero uma realidade.
 Vivo de 'amores' invisíveis com pessoas que nem existem, só para ver se descarrega um pouco o meu peito. Minha cabeça é só confusão. Eu nem sei mais o que sinto. Na verdade, não sinto mais nada além de um imenso vazio. Que nada completa. Que nada preenche. Até mesmo os meus sonhos levou de mim quando partiu.
 Pirateio sentimentos vãos. Somente a fúria que me habita é real. Pensamentos nulos saltam da mente como que desaparecem no ar; do nada; sem nada! Por nada? Acho que, apenas para me dizer: "Ei, você ainda está viva!". Mas eu ainda duvido. Não creio que haja vida depois da morte, nem ao menos a sorte de ter uma verdadeira morte!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Devedora da vida

 Eu deveria ter feito tudo o que eu quis. Coisas que não fiz por pura insegurança, por medo. Eu queria subir no topo do mundo e gritar o mais alto possível, para que todos soubessem que eu o amava. Eu devia ter subido na árvore mais alta e me jogado de lá da copa, ter fraturado algum osso, só pra sentir qual era a real dor. Eu devia ter gravado um cd antes de começar a fumar, aliás, nem devia ter começado. Eu devia ter fechado meu coração pra não sofrer tanto. Devia ter estudado mais e me apaixonado menos. Devia ter transado menos e me envolvido mais. Eu devia ser menos inconsequente e mais realista. Devia ter dito mais "eu te amo" e menos "eu te odeio".
 Eu devia ter pulado quando tive chance, agora não teria mais a mesma emoção. Devia ter aberto minhas asas e voado como uma linda águia cortando o azul do céu; devia ter aproveitado as belas correntes de ar que me cercavam.
 Muitas vezes fiquei imaginando como seria e nunca dei o primeiro passo para a longa jornada. Fiquei sonhando com a aventura enquanto ela me chamava lá fora.
 Eu devia ter respirado mais e me intoxicado menos.
 Queria ter corrido nua, na chuva, no meio da rua. Devia ter aproveitado mais a vida e não querer ser tão tua.
 Eu devia ter ouvido os pássaros cantando e ignorado os noticiários da TV. Devia parar de ser tão criança e não ter sido tão adulta em minha infância. Não devia ter sofrido tanto com paixões platônicas e ter ido em busca de um verdadeiro amor. Devia ter me insinuado para aquele moreno e não ter bancado a pseudo-intelectual difícil. Eu devia ter sentido o vento em meus cabelos e me despido e não aceitar esse estado de coma induzido.

domingo, 14 de novembro de 2010

Brado de Angústia



 O que me adoece é a tristeza que eu sinto. Por ter deixado alguém roubar minha vida e assassinar meus sonhos. Por ter me dado por vencida numa batalha que eu nunca travei, numa guerra que eu nem lutei.
 Oportunidades passam em minha frente e eu não as posso tocar. Amores batem à minha porta e eu não posso deixá-los entrar. Sequer posso sair dessa armadilha que eu mesma criei. Não consigo fugir do monstro que eu me transformei. Sou prisioneira de um jogo que eu inventei.
 Algumas lágrimas que não consigo verter não aliviariam o peso do meu peito, nem a pressão sobre minha cabeça.
 Meus pulsos sangram quando dilatam-se as ideias. Memórias torturadas e abatidas pelo tempo que perdi, pelos sonhos que não realizei, pelos beijos que eu não roubei, pelas mãos que eu não estendi.

 O sorriso em meu rosto é só fachada para o poço de sofrimento que é meu interior. Dentro de mim, minha alma se contorce de desgosto com a vida medíocre que levo: Sem aventuras nem paz, amando sem ser amada. Procurando o que não se encontra, dou voltas em sonhos que jamais serão realidade. Sufocada em ilusões, sigo por um eterno breu de minha mente. Sem nada aprender, sem nada a ensinar; somente lágrimas secas em minha face que nunca alguém perceberá; formando um oceano obscuro e frio, para sempre causando arrepios que insistem em ocorrer. Manto negro de desgraça corroendo a vida de graça até o dia em que eu morrer.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Eu sou o amor!



 Sou sua melodia perfeita e seu ritmo preferido,
Beleza e perfume em um jardim florido.
Me embriago em melanina para satisfazer os meus desejos.
Dos seus olhos sou a menina, da sua boca um doce beijo;
Sou sua voz suave num sussurro ao meu ouvido,
Pelos fones eu viajo, em sua mente eu me abrigo,
O seu corpo eu percorro como um breve arrepio
De prazer ou de pavor...
Não importa; eu sou o amor!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A humanidade é desumana


 A humanidade convive com monstros chamados orgulho, desprezo, rancor. Todos andam tão cheios de si e esquecem das pessoas ao redor. São tão patéticos em seu modo de achar que podem tudo sozinhos; que não precisam de ninguém. São estranhos conhecidos que ignoram a realidade. Pensam que ferindo outras pessoas podem curar a própria dor.
 Olhos de vidro, corações de gelo. Robôs de carne e osso sem qualquer ideia do que possa significar a palavra amor. Pois, apenas a falam; nunca o sentiram, nunca viveram-no realmente.
 Vivem de tesão, de paixões supérfluas que não irradiam a verdadeira luz no olhar. São apenas escapes para as ruínas de um coração carente que anseia intensamente conhecer esse sentimento puro, ingênuo, desprovido de qualquer maldade. E conhecer o calor que derrete o bloco de gelo embutido em seu peito.
 As pessoas mostram os dentes, mas não a verdadeira expressão da alma. Seus sorrisos são esbranquiçados, sem vida, sem sentimento. É como se vivessem em piloto automático: fazem tudo como é programado. Seus verdadeiros sentimentos se escondem em meio à forçada expressão empalidecida.
 Evitam inundar seus olhos de lágrimas ocultando qualquer emoção. Seja tristeza, alegria, paz. Tudo fica bloqueado apenas para si. Não compartilham sua vívida existência com o mundo exterior. Escondem-se dentro da vasta imensidão solitária de seus interiores.
 São egoístas, mesquinhos e ignoram que um simples sorriso ou uma lágrima - se verdadeiro - pode comover as massas. Apenas um abraço, um gesto de carinho inesperado pode mudar a vida de alguém.
 Vamos largar os escudos e nos despir das armaduras e voltar a ser humanos; humanidade.

sábado, 6 de novembro de 2010

O enredo nos mata de felicidade


 Em devaneio a alma rodopia na madrugada.
Flutua livremente, insana, não mais calada.
A paixão em fúria se torna brado;
As lágrimas molham o peito
Emotivo, sombrio, sagrado.
A morte é por ora desejada.
A vida é verso, prosa e fervor
E na poesia da vida
Todo poeta morre louco no enredo do amor.

Paixão Platônica


 Uma pessoa anseia ser amada. Porém, esquece isso focalizando seu desejo em amar.
 Quando não correspondida, quando rejeitada, quando abandonada, ela se pune por não conseguir conquistar ou reconquistar a pessoa amada e assim, se martiriza carregando uma cruz tão pesada que seus ombros quase não suportam, tentando "amar" uma pessoa que esteja tão longe de seu alcance que não possa magoá-la.
 É uma espécie de sofrimento vazio que justifica o afastamento de um sofrimento preenchido.

Ilusão de ótica


 Decola rumo ao seu pensamento. Voa no véu da noite como uma mariposa em busca da luz... do teu olhar. Viaja em meio à fumaça que estufa meus pulmões e sobe lentamente elevando minha paz. Sufoca as asas da criatividade aumentando-a num dilatar de minhas pupilas. Invade seu olfato como a brisa que entra por sua janela: suave, serena. Dança pelo ar, torce, contorce, distorce minha boa visão. Espalha minha respiração ao longo de seus tímpanos. Coagula meu raciocínio concentrando todos os meus pensamentos em um só: te encontrar. Pousa em seus lábios ressecados e umedecidos. Interna-se em suas células tranquilizando o furor de seu cérebro. Desmonta as armadilhas escondidas entre o tempo e o espaço. Arma as arapucas em seu subconsciente impulsionando seus desejos sobre mim. Contradiz a realidade sufocando o imaginário e mentindo a identidade.
 Eu não sou real, sou apenas uma ilusão de ótica.